quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Relato da Expedição Pasos Agua Negra e San Francisco - 9º dia

Acordamos quase 8 hs. da manha, praticamente tive que arrastar o Bonotto da cama, deixei tudo no hotel, pois vamos até os caracois e voltamos para dormir no mesmo hotel, assistimos o fim do jogo do Corinthians enquanto tomávamos café, saimos pouco depois das 9 hs. com destino a Uspalatta, pegamos o caminho por Villavicenzo, estrada linda, Villavicenzo é uma reserva natural, pouco movimento, visual lindo, subida, chão batido, lhamas, muito legal, fica a dica a quem estiver na região esse passeio é imperdível, subimos a 3 mil mts. de altitude e o visual é magnifico, as montanhas nevadas, show, fomos indo e logo chegamos a Uspalatta, ja era quase meio dia, demoramos muito para vencer os pouco mais de 100 km. mas tiramos muitas fotos... ao chegar em Uspalatta fomos direto abastecer, quando paramos e tirei o capacete aparece o Araquem, antigo parceiro de Capão da Canoa e que mora atualmente em Santa Maria, que coincidencia, nos cumprimentamos, ele estava com a esposa, e estavam indo para o agua negra e depois para o atacama, em uma transalp muito carregada, conversa vai e conversa vem, convidei ele a irem até os caracois juntamente conosco, depois de um tempo em que insistimos um pouco eles toparam, e saímos juntos rumo ao chile novamente, nos primeiros km. muito vento contra, terrível, uns 20 km. que pareceram 100 km., mas logo foi melhorando, essa parte da cordilheira é muito bonita também, entre Uspalatta e Los Andes existe muitas atrações, mas fomos direto a aduana, fizemos o tramite, rigoroso e demorado, e fomos as caracóis, descemos devagar e subimos devagar, só via a felicidade do Araquem e da Juliana com aquelas curvas em sequência, na sequência subimos ao cristo, subida ingrime, estrada muito ruim, eu com a moto sem bagagem subi curtindo, sem presa alguma, eles na frente, o Bonoto com suas caixas de alumínio que pesam muito, e o Araquem com toda a bagagem, la encima o visual é muito lindo, olhar as montanhas de baixo pra cima é legal mas olhar lá de cima é inesquecível, estava frio, um vento cortante, a Juliana tremia, ficamos rindo dela, fotos e mais fotos e começamos a descer, descer é mais bonito, esse lugar é 10, vale o passeio, muitos passam na ruta 7 e nem sabem que se pode subir e passam batidos, descemos, e seguimos, paramos para algumas fotos na ponte del inca, e seguimos em frente, fizemos a aduana desta vez rápida, percorremos o mesmo caminho da ida, paramos em Uspalatta, abastecemos e seguimos em direção a Mendoza, transito intenso, muito movimento e fomos acompanhando o transito, chegamos ao entardecer em Mendoza, o cansaço me acompanha, fomos ao hotel, o Araquem e a Juliana ficaram ali conosco, banho tomado e uma descançada e fomos jantar, saímos com as motos e fomos a mesma rua de ontem, estacionamos as motos no meio fio e pegamos uma mesa de calçada, comemos bem, pagamos caro, mas valeu, tomamos umas stela artoir, voltamos ao hotel e fomos dormir passado da meia noite, amanha o Araquem segue para o agua negra e nós voltaremos para casa.   

sábado, 22 de dezembro de 2012

Relato da Expedição Pasos Agua Negra e San Francisco - 8º dia:

Chilecito é uma pequena cidade ao pé da cordilheira, chove muito pouco apenas nos meses de dezembro e janeiro, o restante do ano é sem chuva, existe uma montanha alta próximo que tem gelo eterno e de lá sai a agua para o resto do ano, pois por incrível que pareça fazia quase um ano que não chovia, e as 4 hs. da madrugada acordei com a janela batendo e uma tormenta iniciando, chove pouco, algo como 30 minutos, mas já sentou a poeira... Acordei cansado, mas tinha que fazer o dia render, levantamos, tomei banho para acordar, um café bem ralo foi servido e partimos, saímos pela ruta 40, destino Mendoza, abastecemos na saída da cidade e seguimos, sábado bonito, com temperatura agradável, estrada sinuosa, asfalto em quase todo o caminho, com excessão de um trecho de 15/20 km. de chão batido e estrada com 4/5 metros de largura, a parte mais bonita, realmente a ruta 40 é linda... Seguimos devagar, tirando fotos, e ao meio dia chegamos novamente em Jachal, abastecemos e comemos algo, e ai o atendente da lancheria do posto me pergunta se estávamos fazendo parte do encontro de motos, respondi que não, pergunte onde era, era na praça, terminamos de comer e fomos para lá, quando chegamos foi uma chegada de pop star, fotos, atenção total me nós, imagina totalmente empoeirados, com as motos carregada, placa brasileira, fizemos sucesso, até filmagem fizeram de nós, veio o principal organizador e perguntou se queríamos acompanhalos por uma volta por algumas estrada, respondi que não pois teríamos que ir a Mendoza e depois voltar ao Brasil, nos ofereceram comida e hospedagem para ficarmos até domingo, mas não deu, acompanhamos por algumas quadras e seguimos nosso caminho, até Mendoza são pouco mais de 350 km. e saímos já era quase 13:30 hs., seguimos pelo mesmo caminho que viemos a 5 dias atrás, e chegamos a San Juan em menos de 2 horas, o calor era grande, abastecemos, tomamos bastante liquido e seguimos pela mesma ruta 40, andamos algo como 60 km e paramos em baixo de uma arvore, estava muito calor, tomamos agua e descansamos um pouco, seguimos e logo chegamos em Mendoza, entramos na cidade com calma e logo me localizei e encontrei o mesmo hotel de anos anteriores, hotel milena, 250 pesos argentinos para dois, bem localizado e comodo, baixamos a bagagem, tomamos banho e fomos procurar um pneu traseiro para minha moto, a cidade em um final de tarde de sábado estava vazia, poucos comércios abertos, mas pergunta pra um, pergunta pra outro e achamos o pneu, enquanto eu me envolvia com a compra e colocação o Bonotto foi comer algo, quando me liberei rapidamente encontrei ele, fiz um lanche também, e já anoitecendo voltamos ao hotel, descasamos um pouco, os dias acumulados de viagem estão começando a pesar... Saímos umas 22 hs. para jantar, nos indicaram uma avenida de muitos restaurantes, av. villanueva aristides, fomos a pé pra lá, muito movimento, quase não comi, tomamos duas cervejas e voltamos ao hotel para dormir.
  

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Relato da Expedição Pasos Agua Negra e San Francisco - 7º dia:

Acordei umas 6 hs. da manha, era escuro ainda, fui na rua olhar o tempo que me pareceu bom, sentia uma mistura de ansiedade e medo, o paso san francisco sempre foi conhecido pelas suas dificuldades...Tomamos café umas 7 hs., pagamos a conta, arrumamos a bagagem e saímos, a tmperatura era agradavel puchando pro frio, paramos em um posto copec para abastecer, compramos mais 10 lts. de gasolina para cada moto, afinal são 500 km. sem gasolina, paramos em uma fruteira, compramos agua e comida, depois de passar fome no agua negra não iriamos cometer esse erro novamente... partimos rumo ao paso, os primeiros 20 km. são de asfalto e movimento, depois temos um chão batido muito compacto pela passagem de caminhões pesados e pela falta de chuva, são mais 160 km. de estrada boa, subimos a 80 km. p/h, esse caminho leva a varias minas de extração de minério, mas no dia tinha pouco movimento e fomos indo e ao chegar na aduana chilena paramos antes no salar de maricunga, fotos básicas, entramos o salar a dentro, ficamos uns 20 minutos contemplando o visual de montanhas e o salar espelhando os cumes das montanhas, muito bonito e bucólico ao mesmo tempo, o gps marca 4000 mts de altitude, saímos e logo chegamos na aduana chilena, com temperatura agradavel, coisa de 20 graús, lá fomos muito bem tratados, nos falaram para ter cuidado, que a poucos dias um motociclista brasileiro andou se acidentando no paso, adios chile, saímos e o asfalto se apresentou, muito bem feito, novo, 55 km de asfalto, retas, curvas, subidas e decidas e o visual de enlouquecer, muito bonito mesmo, avistamos uns cabritos montanheses nas alturas, algumas cabras e manadas de burros, paramos para almoçar a 4300 mts de altitude, agua, bolachas e banana, um silencio total com barulho apenas do vento, muito tranquilo, nesse tempo nenhum carro passou, seguimos mais alguns km pelo asfalto e logo iniciou o rípio, no inicio muito ruim, chegamos a tentar sair pela areia, mas era pior, andei uns 2 km e voltei ao rípio que estava melhor, andei a 60/70 km. p/h, o Bonotto a 100 km. p/h ou mais, cada um tem sua segurança na pilotagem, fui tranquilo, levei dois sustos, mas não cai, seguimos pelo rípio ainda e paramos em uma laguna, fotos básicas e seguimos, quando vi a placa do paso san francisco que marca a altitude de 4800 mts. e a divisa do chile com a argentina uma mistura de emoção e felicidade tomou conta de mim, paramos para as fotos, tinha 4 canadenses de bike parados lá, fazia 4 dias que tinham saído de Copiapó, são guerreiros os caras, abraço a eles, a temperatura continua agradavel, daquele ponto em diante começa o asfalto novamente, passamos por uns caracóis de curvas, e chegamos a aduana argentina, estávamos cansados e felizes, fizemos o tramite e conversamos um pouco, chegamos a conclusão que o paso agua negra é mais difícil de pilotar, o Bonotto radiante dizia que o san francisco é mamão com açúcar, não acho assim tão fácil mas dá pra meter tranquilo, no ponto mais alto senti um pouco de cansaço, só isso, depois passou, saímos e um vento frontal frio e forte me assustou, mas durou poucos km, seguimos descendo por um vale muito lindo, fiquei pensando na família, nas pessoas que conheço e sabem a paixão que tenho pelo motociclismo, pensei no por que de uma viagem como esta, dos desafios, dos sonhos, e da conquista, me senti um vitorioso... entre a aduana argentina e a primeira cidade são 200 km. e quanto mais deciamos mais calor ficava e quando entramos em Fiambalá o calor era de 50 graús, terrível, abastecemos e não deu pra ficar lá, seguimos para a próxima cidade, Tinogasta, muito quente também, não ficamos e seguimos, fomos pela beira da cordilheira até Chilecito, chegamos no inicio da noite e não era tão quente, pegamos um hotel no centro, fomos jantar e comemorar a conquista, fomos dormir depois da meia noite.     

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Relato da Expedição Pasos Agua Negra e San Francisco - 6º dia:

Acordamos sem pressa, arrumamos as coisas, tomamos café, pagamos a conta, buscamos as motos e fomos para a estrada, pegamos a ruta 5, fazia frio, andamos uns 20 km. e paramos para por as luvas grossas e balaclava, no inicio andamos na beira do pacifico, logo começamos a nos afastar e o frio diminuiu, o deserto é impressionante, só arreia e pedra, e muita sujeira na beira da estrada, que povo que não cuida do meio ambiente... Paramos em Valenar, mais ou menos no meio do caminho, para abastecer, já fazia calor, tomamos muita agua, descansamos um pouco e seguimos, por volta das 13 hs. estávamos em Copiapó, me pareceu uma cidade empoeirada, cidade pequena com ruas apertadas, transito complicado e muito calor, uma praça central, e só, paramos na praça, o Bonotto foi procurar hotel, apareceu um cidadão pra conversar comigo, falou sobre a cidade, sobre motos e sobre o paso san francisco, acho que tentou me assustar, disse que nossas motos não eram ideais, que er muito perigoso, que o pneu traseiro da minha moto não aguentaria... Bom pelo menos nos indicou uma pousada, 30.000 pesos chilenos, caro pelo o que oferece, mas como tudo é caro aqui mesmo ta valendo... dormi quase o restante da tarde, estou cansado, e ansioso para o dia de amanha, o tempo passou rápido, acordei com muita preguiça, o Bonotto não dormiu, andou conhecendo a cidade, fomos jantar, comemos pizza, demos uma girada no centro e fomos dormir cedo, amanha é o grande dia... 

sábado, 15 de dezembro de 2012

Relato da Expedição Pasos Agua Negra e San Francisco - 5º dia:

Na noite anterior quando fomos tomar umas geladas entramos em um bar e acabamos conhecendo uns brasileiros perdidos em La Serena, o Felipe que é barmen e duas meninas gaúchas que estão se virando nos 30, todos os três nos falaram que a vida no chile não é fácil e que estão juntando uma grana para irem embora, um salve pra eles...
Acordamos cansados, os dias seguidos de pilotagem vão minando nossas forças, levantamos, banho tomado, café e fomos pegar as motos, a surpresa é que já era 9:30 hs. e tinha muito pouco movimento, enfim pegamos as motos e fomos procurar a oficina da Yamaha para trocar o oléo, lavar a correia e lavar as motos, deixamos as motos com o Alvaro na autorizada honda/yamaha e fomos caminhar no centro, voltamos ao meio dia e pegamos as motos, o serviço foi feito a meia boca, mas ta valendo, saímos com as motos e fomos até a beira mar, no farol tiramos fotos, a pria é estranha, a areia grassa e escura, dali fomos pela beira mar até Coquimbó, paramos para almoçar no mercado de peixes de Coquimbó, salmão grelhado... Após o almoço voltamos para o hotel e descançamos um pouco, depois fomos fazer cambio e caminhar mais pelo centro, La Serena é uma cidade linda, alegre, moderna, sua temperatura é 20/24 graus durante o dia e 12 graus a noite... A noite fizemos um lanche no shopping e tomamos mais umas geladas, fomos dormir cedo, amanha temos um dia de deslocamento... O preço das coisas esta assustando, tudo muito caro. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Relato da Expedição Pasos Agua Negra e San Francisco - 4º dia:

Como ontem adiantamos uma boa perna da viagem nos demos ao luxo de acompanharmos nossos amigos hermanos no horário de acordar, então saímos da cama umas 8 hs. horário daqui, ou seja era 9 hs. do Brasil... Tomamos café, demos uma olhada na cidade que ainda dormia (que gente mais preguiçosa), arrumamos as tralhas e iniciamos a subida, rapidamente chegamos em Ródeo, onde abastecemos, e logo chegamos na aduana argentina, fizemos o tramite, tudo OK, mas muito lento, o oficial da aduana estava em câmera lenta, saímos dali umas 10 hs. e andamos pouco mais de 20 km. e arrebentou a emenda da minha correia, passamos mais ou menos uma hora parados para conseguir arrumar, muita graxa, mas ainda bem que o Cleber estava com muitas ferramentas... serviço feito e seguimos mais uns quilômetros até uma segunda aduana de controle, ali me dei conta que não havia comprado nada para comer, apenas uma garrafa de agua... no minimo amadorismo... Seguimos já em estrada de chão, e com muito pó, fomos subindo e a estrada foi ficando pior, mas ao contrario as paisagens foram ficando cada vez mais maravilhosas, coisa de ficar de boca aberta de tão lindo... subimos lentamente, tiramos muitas fotos, pouco movimento e sempre que passávamos por alguem era por camionetes argentinas... Quando estávamos a 3500 metros de altitude já começamos a sentir um pouco a altura, subimos no peito e na raça, sem tomar nada para aliviar os efeitos da altitude, na verdade nossa empolgação era tão grande que não estávamos preocupados com isso... Seguimos e logo começou a aparecer muito gelo na beira da ruta, o Cleber parecia uma criança pegando pedras enormes de gelo, muito legal mesmo, uma coisa surreal essa de muito gelo ao lado da pista, mas fomos indo lentamente e logo chegamos ao paso, fotos da placa, um frio de renguear cusco, mas sinceramente eu não tava nem ai para o frio, tirei a jaqueta e coloquei o manto sagrado do colorado para uma foto histórica, o Cleber ria da minha coragem, deveria estar algo como 5 graus mas o vento cortava, quando estávamos parados ali passou uma f800 com dois argentinos que nem pararam, apenas um abano, dali iniciamos a descida, no inicio com muito vento e frio, mas depois foi melhorando e senti um pouco de tontura, o Cleber também tinha sentido só que lá no paso, paramos e tomei um pouco de agua e logo melhorei, continuamos e chegamos na laguna verde, legal, bonita, e estranha, fotos, fotos e seguimos, umas 16 hs. chegamos na aduana, estava com a moto e a roupa imunda de tanto pó que parece uma mistura de cal com talco... Tramites normais, uma certa frieza por parte dos funcionários, e seguimos, já no asfalto, passamos por uma região de muitas vinhas, o vinho aqui é de primeira, esse é o famoso Valle del Elqui,  é impressionante o contraste estre as plantações irrigadas, e ao lado tudo seco, apenas cabras e caquitos e os caquitos estão morrendo por que é muito seco, não chove nunca... Abastecemos em Vicuña e pela primeira vez o cartão de crédito (bolsa família) do Cleber funcionou, hehehehe, seguimos e logo estávamos em La Serena, fomos ao centro e fui direto no mesmo hotel do anos passado, hotel Londres, bem no centro, 38.000 mil pesos por noite, aqui vamos ficar duas noite, precisamos descançar, foram 4 dias puxados até aqui, depois de nos acomodar, banho tomado, fomos caminhar um pouco e tomar uma gelada, cedo fomos dormir, o cansaço era grande mas a felicidade por superar o agua negra era maior, resumindo o agua negra é a serra do corvo branco, misturada com a serra da rocinha, pioradas e a quase 5000 metros de altitude...    

Relato da Expedição Pasos Agua Negra e San Francisco - 3º dia

Estamos pegando o ritmo dos Argentinos, acordamos tarde era 8:30 hs. estávamos tomando um café dos mais simples, saímos umas 9 hs e paramos numa farmácia para comprar medicamentos, o Cleber queimou os pulsos com o sol, pois no primeiro dia estava com uma luva de ciclismo e não protegeu nada... Saímos com direção a Alta Gracia, o caminho é lindo pelas Altas Cumbres, se chega a 2.220 mts. de altitude, mas não rende pois é muita curva, por isso chegamos em Alta Gracia quase 10:30 hs. abastecemos e fomos ao museu do Tche Guevara e demos com a cara na porta, pois nas segundas só abre a tarde, paciência, fica pra próxima... Seguimos caminho pelas Altas Cumbres até Mina Cravero que é um balneário de rio, que sinceramente tem muita fama mas não vi nada demais, almoçamos e pagamos caro  e comemos mal, seguimos para Vila Mercedes e abastecemos, eram 15 hs. estávamos prontos para encarar a ruta 20, temida por seu calor, ainda para ajudar um temporal se aproximava, com um vento forte e de frente, seguimos e o calor estava muito alto, de Vila Mercedes a San Juan são 380 km. abastecemos duas vezes, com abastecimentos pontuais pois se errar o abastecimento e passar batido no posto vai ficar sem gasolina... Realmente esse lugar é terrível, o calor e a miséria é muito grande, não tem nada na beira da estrada, apenas tudo seco, nada de agua, nem um pássaro, nem insetos para sujar a viseira, e os poucos animais que tem ali estão definhando de sede... No segundo abastecimento conversamos com dois caminhoneiros Brasileiros que fazer a rota Uruguaiana x San Juan e nos falaram que essa situação é de muitos anos e cada vez é pior... Chegando em San Juan que era nosso destino inicial paramos e conversamos sobre a possibilidade de tocarmos mais um pouco, e foi isso que fizemos, logo pegamos a Ruta 40 e fomos indo, indo e não tinha gasolina, e fomos andando a 100 km. p/h e fomos indo e cada placa de cidade era uma torcida para ser um povoado médio e ter gasolina e podermos ficar lá, mas nada e nada de movimento então fomos até Juchal, com o vento a favor e com poucas trocas de marchas nossas motos foram muito econômicas, a do Cleber fez 23 p/l e a minha fez 28 p/l... Fomos direto no posto de gasolina abastecemos e fomos procurar hospedagem, conseguimos um hotel de simples para médio por 195 pesos argentinos, Juchal é uma cidade a moda antiga, comércios antigos, uma praça bonita, pessoas passeando as 23 hs. pela praça, tudo muito tranquilo ao pé da cordilheira, Junchal fica a pouco mais de 1000 mts. de altitude... Foi um dia puxado mas valeu a pena...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Relato da Expedição Pasos Agua Negra e San Francisco - 2º dia:

Acordamos as 7 hs., logo fomos tomar café, e nos despedimos, seguimos Eu, Rogério e Cleber juntos no roteiro normal, e o Rodrigo por seus problemas de documentos vai fazer um tour pelo Uruguai que ele próprio intitulou de "A procura pelo Belquior", não é fácil ficar quase um ano se planejando e por uma desatenção não poder participar na última hora da expedição, mas a vida é assim e Deus sabe o que faz, se não era para ele ir ele não foi, abraço amigo sei que ficaste triste mas pode ter certeza que nós também pois teu conhecimento, tua calma e tua amizade fazem falta sempre... Saímos do hotel, que pagamos caro, 120 dólares para os três, e fomos direto a aduana, ali fizemos o tramite normalmente, e saímos umas 9:15 hs., passamos pela entrada de Cólon/AR e logo pegamos a Ruta 14 por alguns quilômetros até pegar o caminho que leva a Vilaguay, depois de uma hora de estrada, paramos em Vilaguay e abastecemos, o calor começava a se mostrar... Seguimos caminho para a cidade de Paraná, no caminho fomos parados pela policia que nos pediu documentos e carta verde e nos liberou, foi apenas um susto, por volta do meio dia, já com muito calor, atravessamos o túnel sub fluvial e chegamos a Santa Fé, em Santa Fé paramos para abastecer e comermos algo... Seguimos para San Francisco por um estrada duplicada e com movimento algum, muito tranquilo mesmo, o calor estava terrível, tive que parar e colocar agua na cabeça, pois estava meio tonto do calor, chegamos em San Francisco e tivemos um susto pois o posto YPF não tinha gasolina, fomos a um SHEL e abastecemos, descansamos um pouco, era muito calor, e faltava algo como 220 km. para o destino, seguimos em ritmo de cruzeiro e no caminho encontramos muitas motos pois tinha encontro em Cordobá, por volta de 19 hs. chegamos na estrada de Córdoba, o caminho entre San Francisco e Cordobá corta varias pequenas cidades, mas tivemos sorte e tinha pouco transito, ao chegar em Cordobá o GPS nos levou para a alto estrada que leva a Carlos Paz, chegamos no final do dia e logo pegamos um hotel simples a 300 pesos argentinos para 2 pessoas, descansamos um pouco e fomos tomar umas geladas na beira do lago em Carlos Paz que é uma cidade encantadora, logo voltamos para o hotel e fomos dormir, já que amanha a pegada é grande... 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Relato da Expedição Pasos Agua Negra e San Francisco - 1º dia:

Buenas, depois de muitos planos e muitas dúvidas, enfim chegou o dia de iniciar a viagem, acordamos cedo, eram 5 hs. e já estávamos nos arrumando, tomamos café e as 6 hs. com o dia ja claro saímos de casa, eu e o Cleber Bonotto, na saída já constatei uma lampada de sinaleira queimada, faz parte, pegamos pouco movimento tanto na RS407 como na BR101 e em pouco tempo estávamos passando por Osório, seguimos em frente pela Freeway, e passamos ao lado do novo estádio do Portoalegrense, parabéns aos torcedores tricolores, atravessamos a ponte sobre o Guaíba e quando chegamos no pedágio de Eldorado do Sul, paramos para receber um abraço e comprimentos do Amigo Daniel Goulart do Moto Grupo Servage da Estrada, uns chimas, conversas, e logo nos despedimos, valeu Daniel e Rose. Seguimos em ritmo bom com pouco movimento, nessa primeira parte de viagem ja constatamos que a moto do Bonotto ta bebendo demais... Depois de 4 abastecimentos, uma parada pra comprar uma lampada de sinaleira, chegamos quase 13 hs. em Santana de Livramento, e já na chegada encontramos o Rodrigo Nunes nosso parceiro de expedição, comprimentos pra cá e pra la, fomos fazer cambio, e almoçar, e logo fomos a aduana fazer a entrada no Uruguai, e ali começou nossos problemas, nosso parceiro Rodrigo esta com o passaporte vencido, e sua carteira de identidade, que não estava com ele, é muito antiga e desta forma o Rodrigo teve que abortar a missão, depois de muita tristeza ele decidiu adentrar no Uruguai sem passar na Aduana e nos acompanhar até Paysandú e ficar uns dias rodando pelo Uruguai, bom mas saímos de Rivera era quase 15:30 hs.e seguimos firmes para Paysandú, faltando uns 5 km. para Tacuarembó, minha moto teve uma pane elétrica e tivemos que reboca-lá até Tacuarembó, logo encontramos um mecânico com ajuda de um local, e depois de vários testes, troca de engates, e uma carga na bateria, a bateria reagiu e passou a receber carga da moto, o que nos permitiu seguir viagem, eram 19 hs. quando saímos de Tacuarembó e pegamos a péssima ruta 26, que esta horivel, muitos buracos, e uma parte que esta em reforma que é uma verdadeira armadilha, já que você sai do asfalto e entra no rípio solto... Mas sobrevivemos, apesar de uma baita susto que levei em uma cratera, mas tudo legal, também o sol nos atrapalhou muito jpois pega diretamente de frente quem vai no sentido Tacuarembó x Paysandú, mas as 22 hs. chegamos em Paysandú, pegamos o primeiro hotel que encontramos e depois fomos jantar e fomos dormir depois das 24 hs. Foram 970 km nesse dia.