quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

PROJEÇÕES PARA 2015:

Os anos de 2013 e 2014 foram quase parados em termos de via
gens, tinha outras prioridades, em 2013 nasceu o Arthur e me formei na faculdade, em 2014 estudei para passar no exame de ordem e graças a Deus passei e estou a alguns dias de receber minha carteira de Advogado.
Então 2015 será um ano de viagens... Projetos não faltam...

POR LAS RUTAS DEL MERCOSUR - Relato completo:

Primeiros dias (03 e 04 de Maio de 2014) -
Depois de alguns dias de planejamento, finalmente chegou o momento de pegarmos a estrada. Iriamos em 7 motos, mas saímos em 5 motos, em dois grupos:
Um no sábado (03/05) em que foram Jorge, Luis Carlos e Elton, duas TDM 900 e uma XRE 300, com destino a Gualeguaychú para o EXPO MOTOS, sairam cedo, foram até Santana do Livramento e por ali entraram no Uruguay, saíram do Uruguay por Paysandú e dormiram em Colon/AR, fizeram mais de 1.000 km, dia puxado com o desafio do trecho entre Tacuarembó/UY e Paysandú/UY que estão em péssimas condições. Chegaram já noite, pegaram um hotel no centro e depois de jantar e umas geladas foram descansar.
No domingo, escuro, 04:30 hs. parti de Xangri-Lá, sai com o céu ao longe anunciando chuva, já fui com a roupa de chuva, e quando estava a mais ou menos 100 km de casa ela veio, veio com força, muita chuva na freeway, começou na altura de Glorinha e quando cheguei em Gravataí ela estava muito forte. Segui firme andando entre 100 e 120 km/h, a XT660 é guerreira e com algum peso ela vai rasgando as poças dágua, o primeiro abastecimento foi em Pantano Grande, fiz um belo tiro inicial, rendeu bem apesar da chuva, descansei um pouco, e logo segui, meu destino próximo era encontrar com o parceiro Adriano, de Santa Maria, em um posto próximo a Rosário do Sul, segui andando bem, a estrada vazia, domingo pela manhã com chuva só eu na estrada, próximo a Rosário do Sul começo a encontrar várias motos, algumas esportiva e várias HD, por volta das 10:30 hs. cheguei no ponto de encontro, o Adriano já estava me aguardando a algum tempo, nos saldamos, abastei a moto, conversamos um pouco e seguimos rumo a Santana do Livramento, o tempo começou a melhorar e logo a chuva ficava para trás. Pouco depois do meio dia estávamos em Santana do Livramento, fizemos câmbio, almoçamos, ligações para as esposas, e partimos rumo a Quarai, como sabia que a estrada entre Tacuarembó e Paysandú esta muito ruim preferimos seguir por Artigas/UY. Vencemos os 100 km. até Quarai em aproximadamente uma hora, abastecemos, fizemos a aduana e adentramos no Uruguay, as duas XT´s andando bem e fazendo as mesmas médias, tivemos ajuda de um casal para acharmos a saída da cidade, muito simpáticos e prestativos, seguimos rasgando o Uruguay por meio aos campos com algum gado e pouquíssimas plantações, asfalto meia boca, mas conseguimos vencer sem nenhum susto, quando estávamos chegando em Salto/UY uma fraca chuva começou a nos acompanhar. Eram 17:30 hs. estávamos no trevo de acesso a cidade de Salto, dali seguimos para as Termas de Dayman, foram 960 km. para mim, e algo como 650 km. para o Adriano. Pegamos um hotel econômico, trocamos de roupa e fomos aproveitar o parque municipal, muito bom, água a quase 40 graus natural, show de bola, jantamos um chivito com umas geladas e cama, que o cansaço tava grande.
Enquanto isso, no decorrer do mesmo dia, nossos parceiros, Jorge, Luis Carlos e Elton, aproveitaram o domingo para conhecer a feira em Gualenguaychú/AR, deixaram as bagagens no hotel em Colón/AR e passaram o dia na feira, no final da tarde retornaram a Colón, onde dormiram.

Terceiro dia (05 de Maio de 2014) -
O dia amanheceu nublado, uma nevoa baixa deixava o dia com cara de preguiça, passei a noite me batendo tentando matar uns mosquitos, era sete horas tava esperando o café, logo o Adriano me acompanhava, depois ficamos sentados olhando o movimento, conversando sobre viagens, parcerias, fazendo o tempo passar, conversa vai e conversa vem e já era quase 10 hs. e estávamos ali olhando o tempo. Escutamos um barulho de motos e eram os nossos parceiros, chegaram e arrumamos hospedagem no mesmo hotel, conversamos um pouco, contaram suas aventuras e estórias dos dias anteriores e pouco antes das 11 hs. decidimos seguir para Salto, fomos direto a cidade, abastecemos e seguimos para a visita a represa, que fica a uns 15 km. de distancia da cidade, visemos a visita guiada, com vídeos explicativos da história da represa e visita in loco da represa, vale muito a pena, e tem que ser elogiado o atendimento, e sem custo nenhum. Passado das 13 hs. retornamos a Salto e fomos procurar algum lugar para almoçar, almoçamos, e fomos visitar o shopping da cidade, onde fizemos cambio e o Jorge investiu alguns pesos em regalos para a esposa. Retornamos as Termas del Dayman e fomos ao  parque aquático novamente, excelente clima, beirando o frio, o que para aproveitar as águas é excelente. Ficamos até o final da tarde aproveitando e relachando, esse lugar vale a visita, muito bom mesmo. No inicio da noite fomos todos comer algo e tomar umas brejas bem geladas. Voltamos para o hotel e fomos dormir cedo, já que amanhã tem estrada.

Quarto dia (06 de Maio de 2014) -
Acordei cedo, primeiro que todos, minha cama era a festa dos mosquitos, pulei da cama e acordei o Adriano, meu companheiro de quarto, antes das sete da manhã já estavamos prontos, fui ver se o resto do pessoal estavam prontos e estavam todos dormindo ainda. Sete e meia tomamos o café minguado do hotel e umas 8 hs. estavamos saindo de Termas de Dayman, rodamos uns 8 km. até Salto, onde abastecemos para terminar com nossos pesos uruguaios, seguimos dali até a aduana, o caminho é o mesmo para ir a represa, na verdade a represa é a ponte/estrada para a Argentina, a aduana fica do lado Argentino, tudo tranquilo, em menos de 15 min. estavamos dentro da Argentina, seguimos alguns quilometros, passamos na entrada de Concordia, e encontramos o acesso para a ruta 14, temida pela sua policia corrupta, a ruta 14 é um tapete, asfalto de primeira qualidade, muito bom mesmo, totalmente duplicada e sinalizada, andamos em um ritmo que obedecia a vlocidade limite, tínhamos tempo, e fomos curtindo a estrada. Seguimos até onde a ruta 14 encontra a ruta 127, são 155 quilometros de Concórdia até aqui, ai quase fomos direto para Uruguaiana, acabamos abastecendo e pegando informações sobre o caminho a tomar, e pegamos a ruta 119, que esta em péssimas condições, estrada esburacada, com trechos sem asfalto e muito perigosa, com caminhões e ônibus que acham que são donos da estrada, andamos cerca de 100 km. por esta estrada e chegamos em Mercedes/Ar, ali pegamos a ruta 123, sempre andando entre 100 km/h e 120 km/h, seguimos cortando os campos verdes desta região Argentina, quanto mais próximo ao Rio Paraná, mais verde, seguimos após pela ruta 12, almoçamos passado das 13 hs. em um bolicho de beira de estrada, e seguimos para chegarmos ainda com sol alto a bela Corrientes, foram 521 km. rodados, sempre com muito cuidado e tranquilidade. Chegamos a cidade e fomos para o centro, paramos em frente a uma praça e ficamos no hotel San Martin, nos acomodamos em um único quarto, e as motos ficaram no estacionamento coberto, logo nos acomodamos, alguns foram fazer câmbio outros descansar e no começo da noite fomos caminhar no calçadão central e comer algo, novamente cerveja e desta vez sandwiches, cidade bonita e alegre, pouco antes da meia noite estávamos já dormindo.

Quinto dia (07 de Maio de 2014) -
Acordamos ao nascer do sol, arrumamos as bagagens, tomamos café e saímos do hotel, saímos pela costanera, o Rio Paraná domina a cidade, uma avenida arborizada com calçadas e locais para aproveitar o rio margeia o Paraná imponente. Fomos parando tirando fotos, ao longe a ponte que liga a Resistência, e logo chegamos na ponte, tivemos cuidado para não errarmos o caminho, e nem andarmos onde motos não devem andar, subimos a ponte, a vista linda, a ponte magnifica e o Paraná gigantesco, lugar muito bonito, Corrientes ficando para trás... Seguimos pela pela ruta 16, passamos pela policia sem problemas, Resistência a esquerda, aqui começa o famoso Chaco, e logo o trevo de acesso a ruta 11, pegamos a 11, e, aos poucos ficava a civilização para trás, muito verde, região fértil, uma reta única, dia lindo, temperatura amena, lá na frente uma parada para um chimarrão, conversa, pergunta, se informa, e fomos indo, velocidade padrão, passamos por Formosa a direita, e logo estávamos em Clorinda, eram quase 14 hs. e fomos direto para a aduana, chegamos e fomos muy bien atendidos por uma quadrilha que tentou nos levar dinheiro de qualquer forma, inventaram problemas de documentos, nos pressionaram e levaram R$ 100,00 (cem Reais), entramos no Paraguay já pensando em sair, tínhamos planejado ficar em Assuncion uma noite, mas como na entrada já fomos extorquidos resolvemos seguir em frente, a cada parada para abastecer, comer algo e cambir dinheiro sentíamos que a fama Paraguaia é verdadeira, não nos sentimos seguros lá, era como se todos quisessem nos levar o dinheiro, atravessamos Assuncion, passamos ao lado do aeroporto, da Conmebol, e ali um Paraguaio bateu de leve na traseira da moto do Luis Carlos, ficamos nos olhando, pareceu de proposito, mas seguimos e conseguimos a muito custo sair da cidade. Pegamos a ruta 2, e seguimos noite a dentro rumo a Cidade del Leste, tínhamos pouca gasolina e quase nenhum dinheiro Paraguaio, os postos só aceitavam guarani, e apenas próximo a fronteira conseguimos abastecer com cartão de credito. Eram quase 22 hs. quando passamos na fronteira, não paramos na aduana, seguimos reto, se na entrada nos roubaram o que fariam na saída, andamos 700 km. neste dia. Chegamos a Foz, e procuramos um hotel mais econômico, nos acomodamos e pedimos uma pizza tele entrega, o estrese do dia foi grande, nos sentimos a perigo e desta forma o melhor era descansar.

Sexto dia (08 de Maio de 2014) -
Antes de amanhecer já estávamos em pé, era 6:30 hs. e estávamos todos tomando café, nosso destino era as compras no Paraguay, e pouco antes das 7:30 hs. já estávamos perambulando pela meca das compras, sinceramente esperava mais agito e me surpreendeu a organização, lojas enormes e modernas, organizadas, em que você encontra as melhores marcas do planeta. Acabamos nos separando, e pouco depois do meio-dia estávamos eu e o Adriano de volta ao Brasil, almoçamos no caminho do hotel e fomos descansar, no final da tarde fui acordado pelo restante do pessoal que queria circular pela cidade, mas preferi ficar no hotel, foram todos e logo voltaram. A noite fomos jantar em uma pizzaria e depois fomos até Puerto Iguaçu/AR. no Moto Cataratas, a cidade e o encontro de motos me deixou uma excelente impressão, cidade limpa e organizada e o encontro em um local muito legal, vale a pena conhecer. Pouco antes das 23 hs. eu, Adriano e o Luis Carlos resolvemos retornar ao hotel, fomos dormir logo.

Sétimo dia (09 de Maio de 2014) -
No retorno ao hotel conversamos entre nós e decidimos retornar para casa no sábado, afinal domingo é dia das mães...
Acordamos não tão cedo, resolvemos retornar ao Paraguay para terminar as compras, fomos eu e o Luis Carlos, fomos apé, conversando sobre a viagem e sobre as futuras viagens. Terminamos as compras e retornamos ainda cedo. Almoçamos e fomos descansar. No meio da tarde resolvemos ir conhecer as cataratas pelo lado Argentino, saímos todos, entramos na Argentina e o parque já estava fechado, fica pra próxima, sempre penso assim, más é uma pena. Acabamos indo ao moto encontro, tomamos umas cervejas, comemos uns picadinhos, lugar muito legal, e por volta das 22 hs. resolvemos retornar ao hotel, voltamos novamente eu, Adriano e Luis Carlos. Resolvemos dormir cedo, pois teriámos uma quilometragem grande a ser feita no dia seguinte.

Oitavo dia (10 de Maio de 2014) -
Acordamos novamente antes do dia clarear, arrumamos as coisas e fomos ao café, amarramos as bagagens e nos despedimos do Jorge e Elton que sairiam apenas no domingo, dei um abraço no Adriano, agradeci pela parceria, já que ele iria seguir pela Argentina rumo a Santa Maria, e nos despedimos. Partimos eu e o Luis Carlos rumo a nossas casas. Saímos de Foz pela BR 277, andamos algo como 120 km. por essa bela estrada, o frio da manhã nos acompanhou por algum tempo, por uns 50 km. tivemos companhia de uma fazer 250 com placas de Rio Grande/RS, mas logo fomos ficando para trás, o exercito estava fazendo barreiras, em um pedágio fomos parados, algumas perguntas, documentos e uma pequena olhada em minha bagagem e fomos liberados, na altura de Santa Tereza do Oeste pegamos a BR 163, e essa estrada esta destruída, no caminho passamos por várias cidades pequenas e prosperas, tanto no Parana como em Santa Catarina, nossa tocada vinha acompanhando o transito, em alguns momentos andávamos mais em outros menos, pouco depois das 13 hs. chegamos em São Miguel do Oeste, ali pegamos a BR 282, essa sim bem conservada, apesar de mão simples, seguimos no mesmo ritmo, sem muita correria, encontramos um viajante de CB500 no caminho, Renato de Lages, conversamos um pouco e decidimos pernoitar em Lages, a noite já se apresentava e estávamos longe de casa ainda, entre São Miguel do Oeste e Lages foram 420 km., chegamos em Lages com a noite e o frio, fomos escoltados pelo Renato que nos levou a um hotel bem central. Nos acomodamos e fomos comer algo na esquina, um frio daqueles, comemos um Xis a moda de Santa Catarina, conversamos um pouco e fomos dormir.

Nono dia (11 de Maio de 2014) -
Durante a madrugada acordei várias vezes com o barulho de motos e carros acelerando no centro. Acordamos bem cedo, tomamos café, pagamos a conta e fomos tentar achar a saída da cidade. Depois de muito procurar achamos a BR 116, abastecemos e seguimos rumo a Vacaria, a estrada nesse trecho é muito bonita, os campos de cima da serra, com sua vegetação e relevo é nota 10, transito de domingo pela manhã, andamos algo como 100 km e chegamos a Vacaria, até ali o frio era nosso parceiro, dali pegamos a RS 285 até Bom Jesus e depois a RS 110 até o trevo com a Rota do Sol, por estes caminhos a estrada sempre esta vazia, e logo estávamos na Rota do Sol, descemos com tranquilidade essa bela serra e chegamos em Terra de Areia, onde o Luis Carlos seguiu direto a Capão da Canoa e eu desvie o caminho para ir a Maquiné, almoçar com os familiares, onde cheguei as 11:30hs. Foram 340 km. de Lages a Xangri-lá.

Viagem concluída, 100% as parcerias.