terça-feira, 20 de novembro de 2007

Conhecendo Punta del Este e Melo / Uruguay

2.250 km ...

Quarta-feira: Tudo certo para viagem, achei que a moto estava 100%, abasteci e calibrei os pneus, fiz contato com o Cleber e com o Alexandre e confirmei a hora de saída para o outro dia, peguei uma grana pela manhã para a viagem, deixei tudo encaminhado no escritório e no final da tarde o Cleber confirmou que iria dormir lá em casa, um fut-sal pra relaxar e lá pelas 22h20min chega o Cleber, levantamento de mapas, rota definida, horário pra acordar, mais um assunto ou outro e fui dormir...

DE XANGRI-LÁ a PUNTA DEL ESTE:

Quinta-feira: Acordei cedo, eram antes das 07h00min e pulei da cama, banho, acordei o Cleber, café com a Cris minha esposa e com a Nayara minha filha, e as 08h00min fomos até a casa do Alexandre em Xangri-Lá, que tava com tudo quase pronto, ai ajeita isso e aquilo e as 08h30min estávamos na estrada, saímos em fila indiana e a primeira parada foi em Osório, o dia estava lindo, calor, pouco vento e abastecemos e estrada (Free-Way), paradas rápidas nos pedágios de Gravataí e Eldorado do Sul, uma entrada rápida em Guaíba para dar um abraço em um amigo e vamos lá, chegamos a Pelotas às 12h30min, almoçamos com o Rodrigo (nosso camarada de Pelotas) e o Gentil (Motoban), saímos às 13h45min em direção ao Chui, e abastecemos em Rio Grande, pegamos aquela reta interminável de Rio Grande até o Chui, e aceleramos bastante (130 km/h), vento lateral e uma paradinha na entrada de Santa Vitória dos Palmares para algumas fotos, e ai deixei pra abastecer no Chui e fiquei sem gasolina a 1,5 km do Chui, bem na Receita Federal, que vexame, o Alexandre buscou gasolina pra mim e em 00h30min tudo estava resolvido, ai percebi que minha moto não tava boa como achava... Gastava muito, batia válvula, e falhava... Faltou uma boa revisão.
Entramos no Chui/Chuy e algumas compras feitas depois, vamos para a alfândega, chegamos e rapidamente fomos atendidos, examinaram os documentos do Cleber e ai os guardas resolveram não deixar ele entrar no Uruguai, a carteira de identidade era antiga e com uma foto de muito tempo atrás, depois de algum tempo e alguns R$ liberaram o Cleber e seguimos até Punta del Este sem mais problemas, chegamos a Punta às 20h45min, um rodízio de Pizza, pois a fome era grande, e fomos arrumar um hotel barato, e um estacionamento para as motos, tomamos umas Patrícias e cama...



Sexta-feira: Abro os olhos e o céu está cinzento, havíamos dormido com a janela aberta, chuva fina e um friozinho daqueles, tomamos café e saímos a pé, demos a volta na Punta, fomos ao Iate Clube, vários iates e veleiros, muitas fotos, e uma cena inusitada de um leão marinho de uns 250 quilos em cima do dique e comendo cabeça de peixe a menos de 1 metro dos pescadores, eu com minha coragem cheguei a 3 metros do bicho.... Almoço, mais umas voltas de moto, fomos até o monumento dos dedos, depois a Barra (onde tem uma ponte muito esquisita) e umas fotos na frente do Conrad Cassino, e a chuva foi embora, e decidimos pegar a estrada rumo a Melo... Saímos de Punta às 15h30min e fomos em direção a Minas por uma estrada que parecia uma montanha russa, muito show e dei show nesta estrada, chegando em Minas uma surpresa, cidade pequena e muito bonita paramos rapidamente e chamamos a atenção, até fotos tiraram de nossas motos... Pegamos novamente a estrada e paramos em um posto a uns 200 km. de Melo, abastecemos e tinha um Uruguaio de Montevidéu com uma Suzuki preta esportiva, trocamos umas idéias e seguimos viagem, saímos dali e passamos na entrada de Trienta e Três e logo estávamos chegando em Melo e começou uma chuva fraca, nada que impedisse nosso ritmo de viagem, às 19h30min entramos na cidade, e encontramos com facilidade o local do encontro de motos e em seguida o “Motel Remanso”, nos acomodamos no “Motel” e a chuva pegou forte, ainda bem que eu tinha comprado uns alfajor no Chuy, por que não dava pra sair, tomamos um banho e descansamos um pouco e lá pelas 22h00min com a chuva mais fraca fomos fazer o reconhecimento da cidade, cidade antiga, de mais de 200 anos, más muito charmosa, poucos prédios modernos e alguns barzinhos com muitos motociclistas, um giro na cidade um lanche rápido e cama...

Sábado: Acordamos com tempo meio nublado e cansados, decidimos ir a Rio Branco/Jaguarão fazer umas compras, 90 km de estrada, almoço, perfumes, bebidas, alguns presentes e retornamos para Melo, à noite fomos ao encontro de motos e depois fomos jantar com o Rodrigo Nunes, sua namorada, Fabian, sua esposa e sua filhinha, comemos pizza, e demos boas risadas, tudo show de bola, saímos todos de moto e fomos dar uma volta no centro, e lá pelas 01h00min fomos dormir...

Domingo: Despertei cedo e comecei a me movimentar para viajarmos, tomei banho e comecei a arrumar as bagagens e lá pelas 09h00min saímos do “Motel” e pegamos à estrada, viagem tranqüila, uma paradinha em Rio branco pra mais umas compras e estrada, paramos em Pelotas pra almoçar e tocamos tranqüilo até Xangri-Lá aonde chegamos às 18h30min...

Mais uma viagem show, e é impressionante, inclusive falei isso pró Rodrigo Nunes, gente boa atrai gente boa, talvez sejamos gente boa tambem, pois só conhecemos gente boa em nossas viagens...

domingo, 21 de outubro de 2007

Urussanga



Estive visitando meu camarada "Cleber Bonotto"em sua Urussanga/SC;

Sai de Xangri-lá/RS as 9:30 hs do dia 10/10/2007 e retornei no final da tarde;

Cidade muito linda e limpa;

Fui muito bem recebido por esse Motociclista gente boa, que fez um tour pela cidade mostrando todas as facetas económicas, turísticas e culturais de sua cidade;


Um abração Cleber e obrigado.



segunda-feira, 8 de outubro de 2007

2º MOTO XANGRI-LÁ





No fim de semana de 26, 27 e 28 de Setembro passado foi realizado o 2º MOTO XANGRI-LÁ na praça central de nosso Balneário, show de bola, muita gente conhecida e consegui reunir os camaradas: Cleber (Urussanga/SC), Alexandre (Arroio do Sal), Rodrigo (Pelotas);

Conheci muita gente nova, que anda nesse mundão afora de moto;




As fotos:

Na primeira o Rodrigo e Nelson (mais um novo camarada);

Na segunda Eu, Cleber e uma amiga do Cleber.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Passeio e Poeira:

Minha quimio terminou a 10 dias, comecei a me recuperar, me sinto mais forte, mais seguro, e meu poder de raciocínio esta voltando aos poucos;
Esta semana fiz um pequeno passeio de moto pelas estradas de chão batido das redondezas;
Sai de casa as 8:10 hs, encontrei o Alexandre Modena no trevo da estrada do mar com Curumin, fomos pela rota do sol até Boa União e dali saímos em Praia Grande em Santa Catarina;
Cheguei em casa as 17: 30 hs. com a moto e a roupa totalmente empoeiradas, o corpo todo doido e a cabeça limpa e tranquilo;
Muitas paisagens, cachoeiras, morros, vales, subidas, descidas, e muito verde;
Belíssimo passeio.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Las Garelis

Essa semana vi pelas ruas de Capão da Canoa, andando uma mobililete daquelas mais antigas, tipo gareli ou algo assim, soltava fumaça preta, fazia um baita barulho e quase não saia do lugar, nem percebi direito quem era aquele senhor que pilotava aquela maquina insólita...
Lembrei de Rocha/UR: logo que chegamos lá foi uma das primeiras coisas que nos chamou a atenção, nós com nossas Falcon NX4 e um monte de gareli andando de lá pra cá, e todo mundo sem capacete, velhos, crianças, adultos, 3 em cima da gareli, gareli quase nova e gareli se desmanchando, uma maravilha...
Pelo geito quem tem uma gareli no Uruguai tá por cima.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

A prova do crime:




Estrada do inferno alguns dias após termos passado por lá.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Punta del Diablo - Uruguay



A nós foi sugerido dormirmos aquela noite (08/06/07) naquele balneário, a principio e sem ter ideia do que encontraríamos aceitei a ideia, já era mais de meia tarde quando saímos do forte de Santa Teresa, e estávamos a pelo menos 60 km de Punta del Diablo.
Boa estrada, e o frio ficando cada vez maior, más tudo bem, logo chegamos, e a primeira impressão é a que fica, e foi a pior possível, arreia, arreia, e mais arreia, vento frio, mar escuro e frio, poucas pessoas, algumas crianças brincando entre as pedras, casas estranhas construídas de forma desorganizada, e um clima dos mais depressivos pairando no ar.
Vamos embora? Todos concordaram, e fomos para Rocha...
Punta del Diablo ficou para trás, e fico imaginando como deve ser a vida das pessoas que moram lá naquela pequena praia, que na alta temporada deve ser bem movimentada, más no inverno não dá pra encarar...

Parceiros:



Recebi a visita de meus dois parceiros de viagem para o Uruguai em minha casa nesse domingo (15/07/07), almoçamos juntos, matamos a saudade, relembramos parte de nossa aventura, falamos de motos, roupas para viajar, novas viagens, novos possíveis parceiros de viagem, e comemos uma bela costela na panela preparada pela minha esposa Cristiane, tomamos um vinho, e lá pelas 14:45 hs Levei o pessoal para conhecer minha imobiliária.
Tanto o Alexandre, como o Cleber e sua namorada Michele, são pessoas muito legais, e fiz o possível para todos se sentir bem lá em casa.
Depois que eles saíram cada um para o seu lado, O Cleber e a Michele forram direto para Urussanga/SC, e o Alexandre foi dar uma volta por Capão da Canoa/RS, fiquei pensando:

Acho que começo a ter dois novos AMIGOS...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Sonhos...


Existem fatos que se tornam motivos de futuros sonhos.
Foi assim a mais ou menos dois anos atrás em uma viagem, que fazia com dois amigos, tivemos uma parada inesperada pois havia um bloqueio de arrozeiros na estrada, e paramos em um posto de combustível e na espera da liberação da estrada, olha pra cá, olha pra lá, leio um cartaz, leio um anúncio e começo a olhar uns adesivos que estavam colados em um dos vidros do posto, alguns me chamam a atenção, não pelas cores, nem pelos nomes, más sim pelo espírito de liberdade que estes adesivos transmitem.
Pessoas totalmente desconhecidas que vivem a realizar viagem de moto pela América do Sul e até pela do Norte e Central.
Me vem um impulso automático: Que legal, acho que comecei a encontrar um pedaço de meu coração...
Dai, viagem concluída, pesquisas na Internet, contatos, conversas, e finalmente fui lá e comprei a minha NX4 Falcon, claro com a autorização de minha Cris.

Pois bem isso demorou 6 meses para acontecer, entre aquela olhada nos adesivos e a compra da moto; Agora, ontem mais precisamente, fui a Porto Alegre a negócios e no final da tarde fui até o Salão do Motociclismo, ali na PUC, legal, fomos cedo e saímos cedo, umas olhadas aqui outras lá, roupas, botas impermeáveis, luvas impermeáveis, calça impermeável, olhei, olhei, más não comprei, tinha me proibido de comprar algo... Olho uma moto aqui, outra ali, e...

Não costumo sonhar com algo que esteja muito longe do meu alcance... YAMAHA XT660... Sonhos....

domingo, 1 de julho de 2007

O dia Iluminado

Não sei se por medo, ou por algum motivo que não lembro agora, acabei no dia 16 de Dezembro de 2006 acordando cedo e, conforme combinado com minha esposa, botei as bagagens no carro e fomos a Gravatal/SC, naquele tipo de passeio de índio, sair num dia e voltar no outro.
A estrada tranquila, o dia lindo e quente, muito calor afinal estávamos em Dezembro quase verão, e lá pelas 11:00 hs. estávamos lá naquela pequena e charmosa cidade.
Poucos turistas no dia, talvez pela epóca, então foi mais fácil do que o esperado para encontrar um hotel, descemos as bagagens, fomos almoçar, tentei dormir a tarde, piscina, passeio com a Cris e a Nay, e logo era noite, janta, uma pequena caminhada para olhar uma apresentação de um Coral Natalino, até que estava legal.... A Nay para variar a 200 km p/h, voltamos ao hotel, subimos para o quarto, vamos dormir... Rapidamente a Cris e a Nay já estavam dormindo, passo de um canal para outro na tv que não tem quase nada de interresante, más isso não importa... Na verdade estou muito impaciente e preocupado, mesmo querendo passar o dia normal e aproveitar aquele fim de semana com a família, não consigo parar de pensar no domingo... Antes de dormir faço uma oração pedindo que Deus seja justo, se realmente merecemos ser Campeões do Mundo que sejamos, se não merecemos não seremos... No fim da oração me ocorre: e se perdermos e levarmos uma goleada?? Ai! Melhor dormir...
Acordo cedo, umas 6:00 hs., fico esperando a Cris e a Nay acordarem, quando elas acordam já é 8:30 hs., elas levantam e vão tomar café, eu? continuo deitado de pijama e tudo, e ali fico esperando começar o jogo.
O Jogo inicial - Tudo bem! - uns sustos! duas bolas do Ronaldinho que assustam! tem um alemão que joga na frente que incomoda um pouco, más nada de mais. Quando os jogadores estavam perfilados para a execução dos hinos, isso só notei depois em casa revendo o jogo em DVD, havia no semblante dos Colorados uma coisa diferente.
Termina o primeiro tempo, boto a camisa do Inter e vou tomar café, nesse meio tempo começa o segundo tempo, penso comigo - Vou olhar aqui nessa 29 polegadas, - Só que no primeiro lance que leva algum perigo ao Inter percebo a presença de uns Grêmistas, e fui ao quarto, lá fiquei até o final do jogo, e o resultado todos sabem.
Assim que termina o jogo desço para rua e quase não encontro ninguém na rua, dou uns gritos de "É CAMPEÃO", depois de uns minutos aparecem alguns carros e algumas pessoas festejando, fico ali por pouco tempo e lembro da Cris e Nay que estão na piscina, vou lá correndo, a Cris vem e me beija afinal somos Campeões.
Vou para a frente do hotel e na passada pela recepção do hotel me avisam que tem uma tv 42 polegadas na sala de tv e que tem alguns Colorados lá, vou até lá e tem 5 pessoas.
Quando entro na sala percebo que a emoção está no ar, reparto a atenção entre a entrega das medalhas e da taça que passa na tv, e observo um casal já com seus 60 e tantos anos, o homem está de pé calado, e sua esposa sentada, ele alisa os cabelos brancos de sua esposa, e ela chora copiosamente, aquele choro bem baixinho e que não para...
Foram 27 anos de choro, chorávamos baixinho, tínhamos aquele nó na garganta, cheguei a achar que nunca alcançaríamos aquela taça.
Finalmente tivemos "O DIA ILUMINADO".

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A estrada


Essa foto ao lado foi tirada a mais ou menos dois anos atrás, em uma viagem em que eu e dois amigos fizemos pelo Uruguai e Argentina, foram nove dias conhecendo um pouco destes dois países.

Olhando as fotos tiradas naquela epóca está em especial me chamou a atenção pela beleza destas palmeiras que acompanham dos dois lados a estrada nas proximidades de Montevideu.
Saio de casa com tudo preparado para a viagem, moto abastecida, revisão feita com dias de antecedência, viseira limpa, roupa para frio, e vou pra estrada, nos primeiros metros que percorro de minha casa até a saída para a estrada do mar, penso na minha família que fica em casa, e penso nos negócios de minha imóbiliaria, fico preocupado se tudo correrá bem em minha ausência, e em minha cabeça isso vai martelando; Com os quilómetros estas minhas interrogações continuam, me interrogo e me culpo por vários quilómetros, mas os quilómetros vão passando no velocímetro, quinze, vinte, trinta e dois,.... mas de um momento para o outro tudo começa a ficar mais fácil, percebo aos poucos que já que tudo estava planejado não tem como não dar certo, com o tempo esta certeza aumenta cada vez mais; Passados mais ou menos duas horas de viagem tudo esta calmo comigo, as preocupações passaram, me sinto calmo e seguro, o que começa a vir para minha cabeça são ideias novas, novos planos, novos rumos....

Voltando a foto, ela mostra uma "estrada", a grande conselheira do motociclista.

"Dentro do capacete é você e a estrada."

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Rocha - Uruguay




Uma típica cidade Uruguaia:

Passamos muito frio naquela final de tarde começo de noite de sexta-feira (08/06/07), tínhamos decidido dormir em Punta del diabo, mas... isso é outra estória, chegar a noite em uma cidade desconhecida nunca é bom, más para nossa surpresa fomos muito bem orientados: Quando parei para perguntar para um senhor de meia idade - Onde fica el centro dela ciudade - falei em um portunhol meio atrapalhado, logo o senhor na maior boa vontade me deu a informação e perguntou de que cidade eramos e citou um amigo Brasileiro que ele perguntou se nós não conhecíamos - respondi que infelizmente não conhecia - e arranquei a moto e dobrando nas esquinas indicadas por aquele homem logo chegamos ao centro da cidade, avistamos então um posto de gasolina Petrobrás, paramos e perguntamos se estávamos no centro - sí estan - rapidamente nos informaram sobre um hotel, e lá vamos nós.

Toda cidade que se preza tem uma praça, e Rocha tem uma bela praça central, com uma bela e antiga Igreja Católica em uma extremidade, e no outro lado da praça em um prédio esquisito uma Igreja Universal (até lá esses caras estão).

Demos uma volta na praça e avistamos o hotel indicado pelo pessoal do posto de gasolina, antigo, bem antigo, não tem menos de 60 anos, más com um chuveiro daqueles, para quem estava encarrangado de frio, foi o melhor banho da viagem, aha e o preço do hotel: 360 pesos uruguaios por pessoa, acessível e justo.

Uma saída para jantar, um tipo de baurú aberto com um nome estranho e uma Pilsen escura que combina com o frio daquela noite (seis graus).
Cama cedo, por que o cansaço era grande, e estufa ligada a noite toda para secar as roupas e para amenizar o frio.

Pela manhã acordamos com chuva fina insistente, café da manhã, motos com as bagagens e fotos, ai olho pró pneu da moto do Cleber e percebo que tava murcho, vejo uns uruguaios desembarcando alguma coisa de uma van, e pergunto - Una Gomaria - Si, dos quadras a direita e una más - beleza meu portunhol tá funcionando - falo pro Cleber e ele acha melhor só encher o pneu e irmos embora, abastecemos as motos e estrada com chuva.

Tchau Rocha você é legal...

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Areia: "O DESAFIO"


Sem dúvida alguma de todas as situações de viagem, a que mais passei trabalho foi na areia de Bojurú:

Não tinha nenhuma experiência neste tipo de terreno más consegui chegar ao final com alguns sustos más sem nenhum tombo.

O percurso de pouco mais de 20 km. é para veículos 4 x 4, motos passam tranquilo más haja equilíbrio para andar a 50 km/h neste terreno, afinal tínhamos horário para a barca em São José do Norte e um almoço marcado com nossos novos amigos de Pelotas.

Na entrada de Bojurú há uma placa que sinaliza que ali passa a BR 101, chega a ser um pouco engraçado no meio daquela areia toda...

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Viagem ao Uruguay

MISSÃO CUMPRIDA
Beleza de viagem:

Saímos na quarta-feira (06/06) de Osório/RS as 14:00 hs, motos abastecidas tudo conferido, rumo traçado e vamos lá...Passamos pelo Parque Eólico de Osório (grandes cata-ventos trazendo energia e riqueza à região), e fomos em direção de Capivari do Sul, na sequência passamos pela entrada de Palmares do Sul (região agrícola, com muito arroz) e nossa primeira parada foi no Farol de Solidão (muito bonito e imponente no meio daquele arreial), pegamos a estrada novamente e passamos em Mostardas (uma entrada até uma casa de turismo para saber a localização da lagoa do peixe e do farol de mostardas), pegamos a estrada e fomos até a Lagoa do Peixe (péssima estrada, muita arreia e muito lodo) e chegando lá nos defrontamos com a lagoa cheia (bonita com alguns pescadores e muitos pássaros), por ali passa a estrada até o Farol de Mostardas, mas como a lagoa tava cheia havia cerca de meio metro de água em cima da estrada, então não tinha como passar (se tenta-se-mos e erra-se-mos o caminho cairíamos dentro da lagoa, então...). Pegamos o caminho de volta a estrada já com o dia terminando e o sol se pondo e fomos a Tavares aonde chegamos já escuro e com as motos totalmente enlameadas, ficamos em um hotel no centro....

SEGUNDO DIA:

Amanheceu, acordamos, café da manhã no hotel, lavamos as motos, e as 8:30 hs estávamos na estrada, frio, cerração, e a estrada tranquila e boa, chegando em Bojurú ai sim a verdadeira "Estrada do Inferno" apareceu, arreia, arreia, e mais arreia solta, passei muito trabalho pois minha experiência neste tipo de terreno erra nenhuma (ao contrario do Cleber que se saiu muito bem e do Alexandre, este sim um especialista na arreia), passado este sufoco de mais ou menos 20 km, sem nenhum tombo (isso foi uma vitória), estávamos novamente no asfalto e logo estávamos em São José do Norte (11:00 hs), ai localizamos a barca de passageiros, motos amarradas, e as 12:00 hs, partimos rumo a Rio Grande...Viagem rápida (20 min.) o rio tranquilo e a cidade e o super porto aparecendo, chegamos e fomos recepcionados pelo Luiz, Gentil, Rogério, Rodrigo, e outros que no momento me foge as nomes (erram sete os novos amigos), recepção, apresentação, tudo muito legal, fomos almoçar em um posto de gasolina na saída de Rio grande com nossos novos amigos, tudo blz, comida boa e companhias legais, tudo festa, fomos muito bem recebidos pelo pessoal de Pelotas (AMOPEL), alguns de Falcon, outro não, mais com o mesmo espírito de amizade e tranquilidade...
Saímos dali em comboio e fomos até os molhes da barra de Rio grande (entrada do mar para o rio), todos juntos e erram 16 hs, decidimos eu, Cleber e o Alexandre, fazermos o passeio de vagoneta até a ponta dos molhes (mais de 4 km. mar adentro), passeio este que durou mais ou menos 40 min., voltamos e estava o Rodrigo nos aguardando (um baita parceiro e amigão), os outro já haviam voltado para Pelotas....
Saímos em direção sul pela beira da praia e andamos 36 km. até um navio naufragado e que está quase na arreia, legal, fotos, fotos e minha moto tombou por cima da do Cleber, resultado um retrovisor quebrado, e na moto do Cleber nada graças a Deus (ele nos acompanhou a viagem inteira), voltamos até a praia do Cassino, achamos um hotel barato e legal (H. Atlântico)....


Passei uma hora rodando dentro da cidade para conseguir um retrovisor, consegui um de Titan (quebrou um baita galho), isso fez eu conhecer e gostar muito daquele balneário, certamente voltarei lá,... Fui pró hotel, banho tomado, jantamos, e uma espiada no jogo do Internacional X Pachuca (sou Campeão da Tríplice Coroa, hehehehehe), e cama (estávamos bem cansados)....


TERCEIRO DIA:

Acordamos as 6 hs., café, pagamos o hotel e as 7:15 hs motos abastecidas e pegamos a estrada, uma cerração daquelas, e vamos rumo ao Tain, paramos umas fotos, algumas capivaras, umas aves (não deu pra ver muita coisa), e novamente a estrada, por volta da 11 hs chegamos ao Chuy, fotos, fomos até a Barra do Arroio Chuy (divisa dos dois Países), fotos, fotos, e o cansaço começando a ficar maior...
Almoçamos um lanche, pegamos informações e adentramos ao Uruguai, barbada na fronteira, tudo rápido e tranquilo (na fronteira quanto menos falar melhor), estrada tranquila, limite de velocidade 110 km, logo estávamos na Fortaleza de Santa Teresa, legal, história é legal, más rapidamente saímos em direção a Praia Punta del Diabo, a ideia era dormir lá, más...., legal, fotos, casebres esquisitos, legal, más não era o lugar pra ficarmos, talvez no Verão seja 10, más agora não deu....

Pegamos o mapa e decidimos dormir a noite de Sexta-feira (08/06) em ROCHA, capital del Departamiento, pegamos a estrada, e o frio começou a pegar forte (5º), era muito frio, chegamos as 18 hs. já noite fechada.....

Cidade legal, calma, pouco mais de 30 mil habitantes, uma cidade tradicional do Uruguai, nunca vi tanta gareli e motos sem identificação andando (capacete não existe), e era isso que o Cleber queria, sentir a cultura dos caras.... hotel antigo, más com um chuveiro 10, em frente a praça central, banho, uma saída pra jantar, umas olhadas, e cama pra que ti quero??....



QUARTO DIA:

Acordamos por volta das 7 hs. e já estava chovendo, café, o pneu da moto do Cleber baixo, calibrou no posto e vamos ver o que vai dar, motos abastecidas e estrada, fomos até o Chui debaixo de chuva, (Obs: a gasolina do Chui não vale nada, fizemos as piores medias com aquela gasolina), fronteira, tudo rápido, e vamos as compras: perfumes, bebidas, pen-drives e mais umas quinquilharias, almoço e estrada (como curiosidade no tempo em que estávamos no Chui, não chovia!!!) pegamos a estrada e a chuva começou a apertar, na alfândega tudo tranquilo não tinha ninguém na pista e nem paramos, fomos em frente e a chuva apertando, dai até Rio Grande era chovia e parava, chovia e parava, mais tudo beleza, viagem é assim mesmo....Chegamos a Rio grande, abastecemos e fizemos contato com nosso amigo Rodrigo de Pelotas, chegamos na entrada de Pelotas sobre muita chuva e logo o Rodrigo chegou.... O Rodrigo conseguiu uma câmera nova para a moto do Cleber, conseguiu um hotel pra nós bem no centro (esse Rodrigo é o cara), e pra completar fez aquele churrasco pra nós (picanha e lombo de porco), estavam alguns amigos e parentes do Rodrigo, entre eles o Sr. Henrique (presidente da AMOPEL - Associação dos Motociclistas de Pelotas), uma verdadeira enciclopédia sobre motociclismo, motociclista das antigas, um cara muito legal, tudo show, final da noite o Rodrigo nos mostrou alguns pontos da cidade, e fomos dormir.... (Rodrigo pra Vereador/2008 hehehehehe);


QUINTO DIA (VOLTA PRÁ CASA):

Acordamos e olhamos o tempo, não chovia, vamos embora, saímos as 8:30 hs, tomamos café já a uns 100 km. de Pelotas....

Saímos da lancheria que tomamos o café da manhã, e pegamos o rumo de POA, chuva, chuva, e mais chuva, 110 P/H, e chegamos a Eldorado do Sul as 11:45 hs. com muita chuva, abastecemos, média de 22 km. por litro a 110 P/H, ta bom?? acho que sim!! A minha melhor média foi 24, e a pior com aquela gasolina do Chui 19,5, então....
Saímos de Eldorado, chuva e mais chuva, POA, Free Way a 110 P/H, e logo Osório, no mesmo posto da saída, a chegada, pra mim 1750 km, pró Alexandre um pouco mais, pró Cleber quase 2.000 km... 100% a parceria, a viagem, as pessoas que conhecemos, até mesmo a chuva tava legal... Saímos de Osório e pegamos a Estrada do Mar (com seus pardais), paramos em Atlântida Sul, um lanche, estava a 15 km de casa, e a saudade forte, fomos até o trevo de Capão da Canoa/Xangri-Lá, se despedimos e fui pra casa, o Alexandre e o Cleber seguiram com muita chuva....

Foram 5 dias, com o Cleber que conheci em Fevereiro e falei 20 min. com ele, e o Alexandre que conheci a 45 dias atrás, os dois super legais, respeitando o espaço um do outro, fizemos o possível para gastar pouco, más não deixamos de aproveitar cada minuto, cada parada, cada pessoa nova que surgia na nossa vida, tudo muito legal, valeu a pena.

Se eu fosse pensar em tempo e dinheiro, não teria ido nesta viagem, más fui e aproveitei muito, uma viagem inesquecível.

Fim.

Fotos: http://picasaweb.google.com.br/ralves1000/Chuy070607