segunda-feira, 16 de julho de 2007

Punta del Diablo - Uruguay



A nós foi sugerido dormirmos aquela noite (08/06/07) naquele balneário, a principio e sem ter ideia do que encontraríamos aceitei a ideia, já era mais de meia tarde quando saímos do forte de Santa Teresa, e estávamos a pelo menos 60 km de Punta del Diablo.
Boa estrada, e o frio ficando cada vez maior, más tudo bem, logo chegamos, e a primeira impressão é a que fica, e foi a pior possível, arreia, arreia, e mais arreia, vento frio, mar escuro e frio, poucas pessoas, algumas crianças brincando entre as pedras, casas estranhas construídas de forma desorganizada, e um clima dos mais depressivos pairando no ar.
Vamos embora? Todos concordaram, e fomos para Rocha...
Punta del Diablo ficou para trás, e fico imaginando como deve ser a vida das pessoas que moram lá naquela pequena praia, que na alta temporada deve ser bem movimentada, más no inverno não dá pra encarar...

Parceiros:



Recebi a visita de meus dois parceiros de viagem para o Uruguai em minha casa nesse domingo (15/07/07), almoçamos juntos, matamos a saudade, relembramos parte de nossa aventura, falamos de motos, roupas para viajar, novas viagens, novos possíveis parceiros de viagem, e comemos uma bela costela na panela preparada pela minha esposa Cristiane, tomamos um vinho, e lá pelas 14:45 hs Levei o pessoal para conhecer minha imobiliária.
Tanto o Alexandre, como o Cleber e sua namorada Michele, são pessoas muito legais, e fiz o possível para todos se sentir bem lá em casa.
Depois que eles saíram cada um para o seu lado, O Cleber e a Michele forram direto para Urussanga/SC, e o Alexandre foi dar uma volta por Capão da Canoa/RS, fiquei pensando:

Acho que começo a ter dois novos AMIGOS...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Sonhos...


Existem fatos que se tornam motivos de futuros sonhos.
Foi assim a mais ou menos dois anos atrás em uma viagem, que fazia com dois amigos, tivemos uma parada inesperada pois havia um bloqueio de arrozeiros na estrada, e paramos em um posto de combustível e na espera da liberação da estrada, olha pra cá, olha pra lá, leio um cartaz, leio um anúncio e começo a olhar uns adesivos que estavam colados em um dos vidros do posto, alguns me chamam a atenção, não pelas cores, nem pelos nomes, más sim pelo espírito de liberdade que estes adesivos transmitem.
Pessoas totalmente desconhecidas que vivem a realizar viagem de moto pela América do Sul e até pela do Norte e Central.
Me vem um impulso automático: Que legal, acho que comecei a encontrar um pedaço de meu coração...
Dai, viagem concluída, pesquisas na Internet, contatos, conversas, e finalmente fui lá e comprei a minha NX4 Falcon, claro com a autorização de minha Cris.

Pois bem isso demorou 6 meses para acontecer, entre aquela olhada nos adesivos e a compra da moto; Agora, ontem mais precisamente, fui a Porto Alegre a negócios e no final da tarde fui até o Salão do Motociclismo, ali na PUC, legal, fomos cedo e saímos cedo, umas olhadas aqui outras lá, roupas, botas impermeáveis, luvas impermeáveis, calça impermeável, olhei, olhei, más não comprei, tinha me proibido de comprar algo... Olho uma moto aqui, outra ali, e...

Não costumo sonhar com algo que esteja muito longe do meu alcance... YAMAHA XT660... Sonhos....

domingo, 1 de julho de 2007

O dia Iluminado

Não sei se por medo, ou por algum motivo que não lembro agora, acabei no dia 16 de Dezembro de 2006 acordando cedo e, conforme combinado com minha esposa, botei as bagagens no carro e fomos a Gravatal/SC, naquele tipo de passeio de índio, sair num dia e voltar no outro.
A estrada tranquila, o dia lindo e quente, muito calor afinal estávamos em Dezembro quase verão, e lá pelas 11:00 hs. estávamos lá naquela pequena e charmosa cidade.
Poucos turistas no dia, talvez pela epóca, então foi mais fácil do que o esperado para encontrar um hotel, descemos as bagagens, fomos almoçar, tentei dormir a tarde, piscina, passeio com a Cris e a Nay, e logo era noite, janta, uma pequena caminhada para olhar uma apresentação de um Coral Natalino, até que estava legal.... A Nay para variar a 200 km p/h, voltamos ao hotel, subimos para o quarto, vamos dormir... Rapidamente a Cris e a Nay já estavam dormindo, passo de um canal para outro na tv que não tem quase nada de interresante, más isso não importa... Na verdade estou muito impaciente e preocupado, mesmo querendo passar o dia normal e aproveitar aquele fim de semana com a família, não consigo parar de pensar no domingo... Antes de dormir faço uma oração pedindo que Deus seja justo, se realmente merecemos ser Campeões do Mundo que sejamos, se não merecemos não seremos... No fim da oração me ocorre: e se perdermos e levarmos uma goleada?? Ai! Melhor dormir...
Acordo cedo, umas 6:00 hs., fico esperando a Cris e a Nay acordarem, quando elas acordam já é 8:30 hs., elas levantam e vão tomar café, eu? continuo deitado de pijama e tudo, e ali fico esperando começar o jogo.
O Jogo inicial - Tudo bem! - uns sustos! duas bolas do Ronaldinho que assustam! tem um alemão que joga na frente que incomoda um pouco, más nada de mais. Quando os jogadores estavam perfilados para a execução dos hinos, isso só notei depois em casa revendo o jogo em DVD, havia no semblante dos Colorados uma coisa diferente.
Termina o primeiro tempo, boto a camisa do Inter e vou tomar café, nesse meio tempo começa o segundo tempo, penso comigo - Vou olhar aqui nessa 29 polegadas, - Só que no primeiro lance que leva algum perigo ao Inter percebo a presença de uns Grêmistas, e fui ao quarto, lá fiquei até o final do jogo, e o resultado todos sabem.
Assim que termina o jogo desço para rua e quase não encontro ninguém na rua, dou uns gritos de "É CAMPEÃO", depois de uns minutos aparecem alguns carros e algumas pessoas festejando, fico ali por pouco tempo e lembro da Cris e Nay que estão na piscina, vou lá correndo, a Cris vem e me beija afinal somos Campeões.
Vou para a frente do hotel e na passada pela recepção do hotel me avisam que tem uma tv 42 polegadas na sala de tv e que tem alguns Colorados lá, vou até lá e tem 5 pessoas.
Quando entro na sala percebo que a emoção está no ar, reparto a atenção entre a entrega das medalhas e da taça que passa na tv, e observo um casal já com seus 60 e tantos anos, o homem está de pé calado, e sua esposa sentada, ele alisa os cabelos brancos de sua esposa, e ela chora copiosamente, aquele choro bem baixinho e que não para...
Foram 27 anos de choro, chorávamos baixinho, tínhamos aquele nó na garganta, cheguei a achar que nunca alcançaríamos aquela taça.
Finalmente tivemos "O DIA ILUMINADO".