quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

RUTA 40 - De La Quiaca a Bariloche - Segundo dia:

Dia 04/09/2016 - Domingo - Mercedes/AR x Joaquin Victor Gonzales/AR – 852 km – Total 1.773 km.

Acordamos cedo, a chuva persistiu por toda a madrugada, e era antes das 7:00hs e estávamos prontos para pegarmos a estrada, acabamos tendo que esperar quase meia hora para o porteiro do hotel aparecer, e só apareceu porque mexemos nas motos.
O dia se apresentou com chuva, muita chuva e com cara de que seria assim por muitos quilômetros.  
Saímos do hotel e fomos abastecer as motos, a pequena Mercedes dormia quando saímos e pegamos a ruta com destino primeiramente a Corrientes.
Andamos os primeiros quilômetros com pouco movimento na estrada, a chuva alternava-se entre média e forte, e o frio era grande.  
Depois de uns 150 quilômetros paramos para abastecer e comer algo, estávamos a pouco menos de 100 quilômetros de Corrientes. Motos abastecidas e seguimos no mesmo ritmo com todo o cuidado possível, e quanto mais próximo a Corrientes mais movimento tinha na estrada.
Quando chegamos em Corrientes saímos da pista principal e descemos para a pista lateral, já que existe uma lei municipal que proíbe motos na pista principal. A chuva continuava e o transito a esta altura era movimentado. Ao parar em uma sinaleira, vimos do lado contrário três motos Brasileiras, abanamos as mãos e buzinamos, no que fomos correspondidos, e fomos em frente. Ao chegar próximo a ponte dobramos a direita e fomos em direção a costaneira. A costaneira de Corrientes é linda, uma avenida dupla, repleta de arvores e com um calçadão muito bem cuidado, e ao fundo a ponte sobre o Rio Paraná, paramos por alguns minutos para tirar umas fotos, a vista é linda tanto do rio como da ponte, e logo seguimos, era pouco mais de 11:00hs da manhã. Seguimos o fluxo do transito e logo estávamos atravessando a ponte que liga Corrientes a Resistência, a capital da província do Chaco.


A chuva ainda nos acompanhava, passamos sob um viaduto novo na entrada de Resistência, e por alguns quilômetros a pista foi dupla, depois passou a ser pista dupla em obras, e logo a frente passou a ser pista simples, o transito foi diminuindo de intensidade conforme nos afastávamos de Resistência, o asfalto perfeito e a diminuição da chuva fez a viagem começar a render.
Passamos por Presidência Roque Saenz Peña, e decidimos abastecer alguns quilômetros a frente, e foi o que fizemos, abastecemos e comemos algo, chegamos com pouca chuva e partimos com raios de sol no horizonte, e era umas 13:00hs adentramos na reta do Chaco.

Para quem não conhece essa região, é um lugar extremamente seco, são algo como 400 km sem um rio ou riacho, cidades empoeiradas, muita pobreza, sem recurso nenhum. As cidades principais são Pampa del Infierno, Pampa de Los Guanacos, Monte Quemado, e Taco Pozo. Ao fim dessa região se faz uma longa curva a direita e pouco depois uma longa curva a esquerda e logo se percebe que a vegetação muda radicalmente, de arbustos com pouco mais de dois metros passa-se a ter arvores altas e verdes, ali começa a província de Salta.
Aos poucos o tempo foi abrindo e a temperatura foi ficando agradável, paramos auma ou duas vezes para descansar e conversamos um pouco, numa destas paradas abastecemos em Monte Quemado, onde tivemos que esperar o caminhão descarregar o combustível, algo que demorou uma meia hora.
No final da tarde chegamos em Joaquin Victor Gonzalez, onde decidimos pernoitar, abastecemos as motos e limpamos as correias das motos. Neste posto de combustível conversarmos com dois viajantes Peruanos que voltavam para sua terra depois de visitarem o Paraguai e Foz de Iguaçu.

Procuramos um hotel e rapidamente encontramos o Hotel Colonial, com preço de 400 pesos para duas pessoas, com café da manhã e estacionamento para as motos. Descemos as bagagens e fomos rapidamente tomar banho para sairmos para jantar. Era pouco mais de 23:00hs e já estávamos descansando.        

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