sábado, 12 de janeiro de 2013

Relato da Expedição Pasos Agua Negra e San Francisco - 11º dia

Acordei, mas o corpo não reagia, era umas 8:30 hs. da Argentina, estávamos moídos, aquela idéia que me perseguia de fazer uma tocada só até o Brasil, saindo de Villaguay direto a Xangri-Lá ficava mais difícil, pois além do cansaço estava chovendo e somando a isso minha correia estava na capa da gaita, mas... Acordei o Bonotto, ele também estava cansado, arrumamos a bagagem rapidamente e descemos para o café, pagamos a conta, apertamos a correia e pegamos a estrada, tivemos que atravessar a cidade, com chuva e um transito surpreendentemente muito grande (a cidade não me parecia tão grande assim), seguimos lentamente e na saida da cidade quase erramos o caminho, pegamos informações e achamos a ruta correta, a chuva nos acompanhava e com todo cuidado seguimos em direção a Colon, os 100 km. foram vencidos em pouco mais de uma hora, e como não tínhamos abastecido tive pane seca próximo a ponte internacional, como estramos com gasolina reserva seguimos viagem, chegamos na aduana, na chegada pagamos um pedágio, fizemos o tramite e seguimos com chuva, ja dentro do Uruguai decidimos parar a uns 20 km de Paysandú para abastecer, abastecemos, comemos umas bolachas e seguimos, no posto de combustível nos disseram que em Tacuarembó não estava chovendo, seguimos e chovia muito, a estrada esta muito ruim, buracos e imperfeições da pista, seguimos e o movimento era pequeno, o cansaço nos acompanhava, pouco antes de Tacuarembó parou de chover, ao chegar em Tacuarembó abastecemos, voltei a analizar minha correia, e a situação esta feia, o medo de arrebentar é grande, mas viajo na companhia de Deus e ele sabe o que faz, partimos agora sem chuva, são 100 km até Rivera, a estrada nesse trecho é um tapete, fomos indo, sem acelerar muito ja que minha correia tava ali pra me deixar na estrada, mas chegamos, fizemos a aduana, tudo OK, e o Cleber foi atrás de um pneu traseiro e eu atrás de uma relação completa, era pouco mais de 17 hs. quando cheguei na oficina em Santana de Livramento, arrumaram a corrente, o pinhão demorou um pouco mas conseguiram, e a corroa foi difícil, ninguém tinha na cidade, tive que comprar de um particular, e paguei caro, muito caro, faz parte... Nesse meio tempo o Cleber trocou o pneu e me avisou que iria comprar uns regalos para los familiares nos freeshops, quando era 20 hs. estava tudo OK, fui até o Cleber, minha vontade era seguir em frente, chegar em casa nem que fosse as 2 hs. da manhã, mas o cansaço e um pequeno stresse no Sineriz me fizeram ficar em Livramento, liguei para casa e minha esposa Cris disse para eu não arriscar, é verdade depois de encarrar uma viagem dessas não se deve ter afobação na hora de chegar em casa, fomos a uma pousada, indicada pelo Beto da oficina, R$ 120,00 para dois, nova, a barbada da cidade, perto de tudo, saímos e jantamos uma pizza excelente e tomamos umas polar, e como é boa essa polar, confesso que não sou bairrista, mas são poucas cervejas melhores que a polar, voltamos para a pousada e fomos dormir, deitei e apaguei...

Nenhum comentário: