quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Relato da Expedição Pasos Agua Negra e San Francisco - 10º dia

Acordamos umas 5:30 hs. da Argentina, vale lembrar que existe uma hora de diferença entre o Brasil e a Argentina e o Chile, terminei de arrumar as tralhas, um banho para acordar, descemos para o café e logo estava o Araquem e sua esposa também conosco, arrumamos as bagagens, e nos despedimos, eles seguem para o agua negra, saímos da cidade e mostrei o caminho a eles, era noite ainda, a cidade aos poucos acordava, pegamos a estrada e fazia frio, logo um vento forte e frontal nos incomodava e fazia nosso rendimento reduzir a ponto de pouco antes de San Luis termos pane seca, pegamos os galões e colocamos o suficiente para chegarmos até algum posto em San Luis, entre Mendoza e San Luis são algo como 250 km., passamos por fora da cidade, rumando para Villa Mercedes, o posto de gasolina que encontramos era do outro lado, como não sabia onde encontraríamos o próximo paramos no acostamento para analizarmos a situação, nisso encostra um argentino com uma Kawasaki 600 ano 87, muito bem cuidada, o Sérgio seguiria nosso mesmo caminho até Santa Fé, conversamos e combinamos de seguir meio juntos, retornamos pelo meio do canteiro para abastecer, e o Argentino seguiu viagem, abastecemos e enchemos os "bidons" também, saímos e o tempo nublado mantinha a temperatura agradável, de San Luis a Villa Mercedes são entorno de 100 km, pegamos esse rumo, alguns pingos de chuva se apresentaram, mas logo parou, andamos mais uns 80 km. e ao passar por sobre um viaduto vi que havia um posto de combustível grande, andamos mais uns km. e pegamos o acesso a Rio Cuarto que fica a mais 130 km, andamos alguns km pela ruta 8 e logo vi no retrovisor o farol da kawasaki se aproximando rapidamente, estávamos a 120 km. p/h, a região apartir de San Luis é muito verde, muitas plantações, é o celeiro argentino, dei uma segurada, o Bonotto se afastou um pouco, e no novo companheiro de estrada nos alcançou, seguimos juntos, logo alcançamos o Bonotto, e na divisa entre a província de San Luis e a província de Cordoba paramos, conversamos um pouco, trocamos idéias, troquei a lampada da sinaleira traseira que estava queimada a dias, e partimos, andamos alguns km. e havia policiamento na rodovia, passamos lentamente e seguimos, alguns km. a frente paramos para abastecer em Sampacho, ja era quase meio dia, a estrada com muitos caminhões não rende muito, seguimos rumo a Rio Cuarto passando por pequenas cidades com sinaleiras trancando o transito, chegando em Rio Cuarto pegamos o caminho para Villa Maria pela ruta 158, praticamente uma reta só, a corrente da minha moto tem estalado muito, começo a me preocupar, quando chegamos em Villa Maria paramos para ajusta la, Villa Maria é uma cidade grande, a rodovia que leva de Cordobá a Rosário corta a cidade ao meio, preferimos pegar o caminho de San Francisco para fugir do movimento, continuamos pela ruta 158, em Las Varilas paramos para abastecer e comer algo, estávamos praticamente sem pesos argentinos e tinha que ser no cartão os pagamentos, ao chegar em San Francisco, pegamos o caminho para Santa Fé, essas mudanças de estrada foram muito facilitadas pelo conhecimento de nosso companheiro argentino de estrada que rapidamente indicava o caminho a ser seguido, tocamos em um ritmo bom, o clima agradável faz a estrada rendeu, continua minha preocupação com a corrente... Ao chegarmos na entrada de Santa Fé, fomos surpreendidos por uma manobra mal sucedida de nosso companheiro argentino que ao contornar um trevo se perdeu completamente e subiu o cordão do canteiro em alta velocidade, apesar do susto ficou barato, pois da forma como ele dançou com a moto poderia ter caído e ter se machucado feio, mas graças a Deus foi apenas um susto, apenas um pneu furado e um baita susto, a ponto do Sérgio não conseguir descer da moto já que ficou com as pernas moles, puxamos a moto para fora do canteiro com o Sérgio ainda em cima dela, pegamos a bomba de ar que levamos e enchemos o pneu dianteiro da moto dele e ele seguiu para uma borracharia, fomos atrás para ver se corria tudo bem, quando chegamos ele já estava na borracharia e logo nos despedimos de nosso amigo, desejamos sorte e que vá com calma, voltamos e pegamos o caminho para o túnel, passamos um pouco de trabalho para encontrar o caminho e depois de alguns pedidos de informações conseguimos passar o túnel, paramos logo a seguir e já escurecia, era como 21 hs., o susto com o acidente do Sérgio nos deixou cansados, procuramos um posto de abastecimento, abastecemos e decidimos seguir o máximo que pudéssemos, pegamos a ruta com direção a Vilaguay, ao sair do posto vi que minha corrente estava cada vez pior, apertamos, a terceira vez no dia, e seguimos com a noite escura, e com relâmpagos no horizonte, a estrada escura, com pouco movimente e nós preocupados com a corrente, chegamos muito cansados, umas 23:30 hs. em Vilaguay, quando paramos na frente do hotel começou a chover, chuva forte, foram 1.100 km no dia, fizemos o máximo para chegarmos o mais próximo da fronteira do Uruguai, e estamos a 100 km., fomos dormir logo, a janta foi sanduíche e bolacha...           

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