terça-feira, 4 de abril de 2017

RUTA 40 - de La Quiaca a Bariloche - Sexto dia:


Dia 08/09/2016 – quinta-feira - Belen/AR x Mendoza/AR – 790 km – Total 4.062 km.

A noite foi muito mal dormida, não tinha como dormir naquele quarto com muito mofo. Dormi por 3 ou 4 horas e acordei e não dormi mais, minha renite se manifestou e uma tosse seca me acompanhou pela madrugada acordado. Acabamos levantando e arrumando as coisas e ficamos esperando o café e o amanhecer. Por volta das 7:30hs saímos do hotel e logo estávamos na estrada.
O dia amanheceu com muito sol, finalmente seria um dia de asfalto, finalmente saímos do rípio.
Seguimos em um ritmo bom, mantendo a velocidade constante entre 100/110 km p/h, essa região é plana e a ruta 40 é cercada por campos de areia com vegetação desértica. Ao longe e sempre a direita a cordilheira branca na parte alta, um visual de cinema.
O primeiro abastecimento foi em Chilecito, cidade já conhecida por mim de outra viagem e que tem o cerro famatina como sua referência. Até Chilecito estávamos viajando com um frio de 5 a 10 graus. Abastecemos, comemos um chocolate e compramos água. A gasolina permanecia dentro da média de preço de 18 a 19 pesos o litro.
Saímos sem muita pressa, era 10:30hs chegamos a Cuesta de Miranda, que estava interrompida para obras, ficamos parados por pouco mais de meia hora, falamos por algum tempo com um viajante solitário Francês que entrou nas américas pelo Canada com um caminhão/motorhome. A informação era que ficaríamos parados até meio dia, mas para nossa surpresa liberaram a estrada pelas 11:15hs.
A nova Cuesta de Miranda ficou fantástica, asfaltada, e com um visual magnifico. Subimos andando com cuidado e com pouca velocidade para curtir o visual, são várias curvas fechadas em cotovelo em subida, quando se chega na parte mais alta a descida é rápida e logo estávamos no plano novamente.

 
Fiquei pensando que já havia passado pela Cuesta de Miranda quando era de ripio e estreita onde passava um carro por vez nas curvas, a mudança deixou ela charmosa, mas a dificuldade da época do ripio era mais saborosa.
Seguimos pelo deserto e pouco depois do meio dia passamos no trevo da RN76, próximo a Villa Union, o caminho seguiu com o visual da cordilheira ao longe e surgiram aquelas baixadas na estrada aonde passa a agua do desgelo na primavera/verão.
Pouco para frente paramos em um posto de gasolina próximo a Guandacol, abastecemos, comemos algo e seguimos, era pouco mais de 13 hs e nosso destino estava distante ainda.
Seguimos em um ritmo bom e o calor começou a aparecer, retas intermináveis e pouco movimento na estrada nos permitiu acelerar e manter uma média de velocidade alta nessa região. 
Em pouco tempo estávamos passando pela entrada de Jachal, local que tenho boas lembranças de outra viagem, e o calor se apresentou forte, passando a 25/26 graus rapidamente. Nesse momento estávamos andando bem próximo da cordilheira e o visual era descomunal, os cumes completamente cobertos de neve davam uma beleza única que contrastava com o deserto quente e seco aonde estávamos.
Seguimos firme e logo começamos a encontrar mais movimentação na estrada, entre Jachal e San Juan são pouco mais de 150km que vencemos rapidamente.
Paramos para abastecer em San Juan e o calor era maior, perto de 30 graus em pleno setembro. Pegamos umas dicas para fugir do transito pesado e logo estávamos a caminho de Mendoza. Os 170 km entre San Juan e Mendoza foram vencidos em menos de duas horas, e pouco antes das 17hs estávamos em Mendoza. Entramos na cidade pela entrada do cruzamento da ruta 40 com a ruta 7, e fomos direto ao hotel Milena que já conhecemos de outra viagem.
Acertamos o valor do hotel em 600 pesos para os dois, com garagem e café da manhã, baixamos a bagagem e tomamos um banho rápido e fomos caminhar no centro da cidade. Caminhamos pelo calçadão central e fomos até uma praça onde tinham muitas pessoas passeando. 

 

 Voltamos para o calçadão, tomamos uma cerveja, que por sinal não estava gelada, e fomos ao mc donald comer algo. Voltamos para o hotel perto das 21hs e fomos dormir cedo. O cansaço de vários dias com quilometragem alta, encarando chuva no inicio da viagem, andando alguns dias na altitude e com terreno de difícil pilotagem, começava a cobrar o seu preço e estávamos cansados.
Quando deitei e fui fazer as contas da quilometragem feita até este dia me assustei ao ver que já tínhamos feito mais de 4.000 km em apenas 6 dias.

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