Dia 12/09/2016 – segunda-feira – Bariloche/AR
x Toay/AR – 981 km – Total 6.425 km.
Acordamos antes
do relógio despertar. Arrumamos as tralhas e fomos buscar as motos, estava
chovendo e fazia muito frio, a temperatura era de 2/3 graus, a cidade dormia e
perto das 6:30hs estamos saindo da cidade, antes abastecemos as motos. Saímos
pela RN 237 e nos primeiros quilômetros, ainda escuro, passamos muito frio. Em
alguns locais havia neblina e a umidade acentuava o frio. Passamos por vales
com descidas e subidas, a estrada serpenteia a beira de um lago. Observamos o
tramo com RN 234, que leva a Junin de Los Andes, e percebi que ali tem um posto
de combustíveis. Quando o dia amanheceu paramos para nos aquecer. Seguimos
viagem, tínhamos quase 1000 km para cumprir e a saudade da família alimentava a
vontade de voltar para casa. Após 205 quilômetros de estrada com paisagens
lindas, muitas arvores e montanhas verdes, chegamos em Piedra del Aguila
completamente encarangados. Abastecemos as motos, e entramos para a loja de
conveniência para tomamos um café quente e comemos algo. Ficamos mais de 15
minutos aproveitando o calor do ar quente da loja, nos refazemos do frio e
tomamos coragem para seguirmos.
Era perto das
9hs quando saímos de Piedra del Aguila com destino a Neuquen, o frio começava a
ficar para ameno, e nossa tocada foi boa nessa parte da estrada. O caminho aos
poucos foi ficando desértico, já não havia arvores e nem verde à beira da
estrada, e sim areia e arbustos. O movimento de carros e caminhões foi
aumentando ao chegarmos próximo a Neuquen.
Neuquen é uma
bela cidade de médio porte da Argentina, está localizada no meio do deserto, e
tem perto de 225.000 habitantes.
Os 230
quilômetros entre Piedra del Aquila e Neuquen foram vencidos em duas horas,
entramos em Neuquem pela via de circulacion para fugirmos do movimento central.
Ao chegarmos na ruta 7 paramos para abastecer e pegar algumas dicas do caminho
a seguir, ficamos uns 20 minutos parados, e acabamos conversando com dois caras
que estavam em uma camionete de uma empresa que nos deram valiosas dicas.
Estava frio em
Neuquen e o tempo era nublado, e saímos pela ruta 7, que no início era
duplicada e tinha bastante movimento de carros e caminhões, e logo encontramos
pista simples, fomos até Bardas del Médio aonde pegamos a ruta 151, seguimos
ate Catriel, aonde paramos para comer algo e abastecemos, ficamos uma meia hora
parados e tiramos as roupas pesadas de frio, dali seguimos até Veintecinco de
Mayo onde paramos para pegar informações em um posto de combustível, tínhamos andado
entre Neuquen e o entroncamento da ruta 20 pouco mais de 150km em pouco mais de
2hs. A ruta 20 é conhecida com Ruta del Deserto, nesse local fazia calor, algo
como 20 graus, bem diferente dos 10 graus de Neuquen.
A ruta 151 está
em bom estado e vale a pena a opção por este caminho. Tínhamos dúvidas sobre
como estaria a ruta 20, e a informação que recebemos de um caminhoneiro
brasileiro era de que estava um tapete e que no meio do caminho tinha gasolina.
Adentramos na
ruta 20 era pelas 14hs. tínhamos muita estrada pela frente ainda e aproveitamos
o vento quente a nosso favor e o pouco movimento da estrada para andarmos acima
de 110km p/h, realmente a estrada está muito boa, o nome Ruta do Deserto é
apropriado e não se encontra arvores verdes a beira da estrada, tudo cinza e
com vegetação baixa. Abastecemos e tomamos uma aguá em La Reforma, lugar com
muita poeira e vento quente. Seguimos firme pela ruta 20 e logo entramos na
Ruta 143, aonde fomos até General Acha, quando chegamos próximos a General Acha
a vegetação mudou e o verde de arvores se apresentou, nessa região apareceram
plantações bem cuidadas e criação de gado. Após General Acha pegamos a Ruta 35,
o sol já começava a se por e o frio do fim da tarde aparecia. Rapidamente
estávamos na entrada de Santa Rosa, era pouco mais de 17hs. e paramos para
entrar em contato com nosso amigo Guido. Rapidamente pegamos as dicas para
encontra-lo e fomos em direção a Toay. Depois de alguns desencontros
encontramos o Guido e fomos até sua casa, aonde fomos recebidos pela sua família
e a noite comemos um assado e conversamos sobre nossa viagem e sobre nossos
países até alta madrugada.
O Guido é um
amigo que conhecemos em 2008 quando passamos por Santa Rosa e precisamos de um
concerto do bagageiro da moto do Rodrigo e o Guido nos ajudou e fez o concerto
e desde essa época mantivemos contatos com ele.
Andamos nesse
dia pouco mais de 980km, saindo de temperatura próxima a zero pela manhã, para
durante a tarde acima de 20 graus.
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